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71026429 Introducao a Psicopedagogia

Date post: 06-Jul-2018
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  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

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    APOSTILA DE INTRODUÇÁO A PSICOPEDAGOGIA

    EMENTA: o estudo da história da Psicopedagogia com vistas a uma formação

    reflexiva e crítica, sobre a atuação do psicopedagogo em sua ação preventiva ou

    remediativa, fazem parte do processo de conhecimento do especialista assim

    como situa-o em seu contexto de atuação e sua ética profissional.

    Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, e surgiu de uma demanda!

    o problema de aprendizagem. " trabalho psicopedagógico pode estar

    relacionado com e#uipes ligadas ao campo da $ducação e %a&de. 'ormas de

    atuação do Psicopedagogo. s diferenças e as relaç(es entre psicopedagogia

    terap)utica e a preventiva.

    OBJETIVO:

    *. $specializar profissionais para atuar de forma preventiva nos dist&rbios

    de aprendizagem, através do estudo do fen+meno educativo e nas

    diferentes formas de a#uisição do conhecimento

    ./esenvolver e possibilitar ao psicopedagogo oportunidade de reflexão,

    sobre sua atuação, através de aprofundamento teórico, ética e

    delimitação do campo profissional.Propiciar conhecimento sobre o desenvolvimento histórico do

    psicopedagogia e da pr0tica do psicopedagogo, tanto clínico #uanto

    institucional

    1.Propiciar um primeiro contato com os pressupostos teóricos #ue apóiam e

    dão consist)ncia 2 pr0tica psicopedagógica clínica e institucional através

    de muita leitura e discussão.

    CONTEÚDO:

    3.4onceituar Psicopedagogia

    5."b6eto de $studo da Psicopedagogia

    7.8eorias #ue embasam o trabalho psicopedagógico

    9.4ampo de atuação do psicopedagogo

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    8raços históricos da Psicopedagogia na rgentina

      Percursos da Psicopedagogia no :rasil

    ;.tuação da psicopedagogia clínica

    0dia parecida. A Psicope!"o"i! #o B$!si%: co#&$i'(i)*es !

    p!$&i$ ! p$+&ic!. Porto legre! $d. rtes ?édicas, 1@. $d. 1.

    GASPARIAN, ?aria 4ecília 4astro. Co#&$i'(i)*es o oe%o $e%!cio#!%

    sis&-ico p!$! ! psicope!"o"i! i#s&i&(cio#!%, -%ão Paulo! Aemos $ditorial,

    **;.

    MONEREO, 4arles. O !ssesso$!e#&o psicope!"."ico: (! pe$pec&i/!

    p$o0issio#!% e co#s&$(&i/is&!12 4arles ?onereo e Bsabel %ole trad. :eatriz

     ffonso >eves C Porto legre! rtes ?édicas %ul, 1.SCO3, :eatriz D. Aima et alli. Psicope!"o"i! 4 o c!$+&e$ i#&e$io$ #!

    0o$!)5o e !&(!)5o p$o0issio#!%. Porto legre! rtes ?édicas, **.

    PAIM1 %ara.  Di!"#.s&ico e &$!&!e#&o os p$o'%e!s e !p$e#i6!"e1

    Porto legre! rtes ?édicas, **7.

    VISCA, Doege. 4línica Psicopedagogia C epistemologia convergente. Porto

     legre! rtes ?édicas, *

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

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    grupos humanos, #ue mediante a incorporação de informaç(es e o

    desenvolvimento de experi)ncias, promovem modificaç(es est0veis na

    personalidade e na dinEmica grupal as #uais revertem no mane6o instrumental

    da realidade.

    " ob6eto central de estudo da psicopedagogia est0 se estruturando em

    torno do processo de aprendizagem humana! seus padr(es evolutivos normais e

    patológicos e a influ)ncia do meio Ffamília, escola, sociedadeG em seu

    desenvolvimento.

      Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação em %a&de e

    $ducação, en#uanto pr0tica clínica, tem-se transformado em campo de estudos

    para investigadores interessados no processo de construção do conhecimento e

    nas dificuldades #ue se apresentam nessa construção. 4omo pr0tica preventiva,busca construir uma relação saud0vel com o conhecimento, de modo a facilitar a

    sua construção.

    HBIJ$A F*

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    a razão da psicopedagogia.

    Para os rgentinos também a aprendizagem preocupa, ou se6a, N a

    aprendizagem com seus problemasO constitui-se no pilar-base da

    psicopedagogia. %ão eles! lícia 'ernandez, %ara Pain, Dorge isca, ?ariana

    ?uller.

    $ntão, o #ue é a PsicopedagogiaQ

    Para %B%8" F**9G é uma 0rea de estudos #ue trata da aprendizagem

    escolar, #uer se6a no curso normal ou nas dificuldades.

    4?P"% F**9G, considera #ue os problemas de aprendizagem

    constituem-se no campo da Psicopedagogia.

    Por %"J% F**9G, a Psicopedagogia é vista como 0rea #ue investiga a

    relação da criança com o conhecimento." 4ódigo de =tica da Psicopedagogia, no 4apítulo B, rtigo R, afirma #ue

    N Psicopedagogia é campo de atuação em sa&de e educação o #ual lida com o

    conhecimento, sua ampliação, sua a#uisição, distorç(es, diferenças e

    desenvolvimento por meio de m&ltiplos processosO

      Psicopedagogia é uma 0rea de estudos nova #ue pode e est0

    atendendo os su6eitos #ue apresentam problemas de aprendizagem.

    :"%% F**5G, a Psicopedagogia nasce com o ob6etivo de atender a

    demanda C dificuldades de aprendizagem.

    '$MM$BM F*

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    preventivo.

    " trabalho clínico não deixa de ser preventivo, pois trata alguns

    transtornos de aprendizagem, podendo evitar o aparecimento de outros.

    >essa modalidade de trabalho, deve o profissional compreender o #ue o

    su6eito aprende, como aprende e por#ue além de perceber a dimensão da

    relação entre psicopedagogo e su6eito de forma a favorecer a aprendizagem.

    >o trabalho preventivo, a instituição, en#uanto espaço físico e psí#uico da

    aprendizagem, é ob6eto de estudo da psicopedagogia, uma vez #ue são

    avaliados os processos did0tico metodológicos e a dinEmica institucional #ue

    interferem no processo de aprendizagem.

     o psicopedagogo cabe saber como se constitui o su6eito, como este se

    transforma em suas diversas etapas de vida, #uais os recursos de conhecimentode #ue ele disp(e e a forma pela #ual produz conhecimento e aprende.

    $sse saber exige #ue o psicopedagogo recorra a teorias #ue lhe

    permitam aprender, bem como 2s leis #ue regem esse processo! as influ)ncias

    afetivas e as representaç(es inconscientes #ue o acompanham, o #ue pode

    compromet)-lo e o #ue pode favorec)-lo.

    " psicopedagogo precisa saber o #ue é ensinar e o #ue é aprender como

    interferem os sistemas e métodos educativos os problemas estruturais #ue

    interv)m no surgimento dos transtornos de aprendizagem e no processo escolar.

    $nfim, a psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, #ue adveio

    de uma demanda C o problema de aprendizagem. C 4omo se preocupa com o

    problema de aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente do processo de

    aprendizagem, estudando assim as características da aprendizagem humana.

    = necess0rio comentar #ue a Psicopedagogia é comumente conhecida

    como a#uela #ue atende crianças com dificuldades de aprendizagem. = notório

    o fato de #ue as dificuldades, dist&rbios ou patologias podem aparecer em

    #ual#uer momento da vida e, portanto, a Psicopedagogia não faz distinção de

    idade ou sexo para o atendimento.

     tualmente, a Psicopedagogia vem se firmando no mundo do trabalho e

    se estabelecendo como profissão.

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    771OBJETO DE ESTUDO DA PSICOPEDAGOGIA

    >o livro da >0dia :ossa, a Psicopedagogia no :rasil, a autora cita v0rios

    autores no #ue se refere ao ob6eto de estudo da psicopedagogia, ve6am a

    seguir!

    Para Higuel, So ob6eto central de estudo da Psicopedagogia est0 se

    estruturando em torno do  processo de aprendizagem humana! seus padr(es

    evolutivos normais e patológicos C bem como a influência de meio Ffamília,

    escola, sociedadeG no seu desenvolvimentoS F**, p. 15G.

    /e acordo com >eves, Sa psicopedagogia estuda o ato de aprender e

    ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa daaprendizagem, tomadas em con6unto. $, mais, procurando estudar a construção

    do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de

    igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais #ue lhe estão implícitosS

    F**, p. 1G.

    %egundo %coz, Sa psicopedagogia estuda o  processo de aprendizagem e

    suas dificuldades, e numa ação profissional deve englobar v0rios campos do

    conhecimento, integrando-os e sintetizando-osSF**1,p.1G.

    Para Iolbert! F...G o ob6eto de estudo da Psicopedagogia deve ser

    entendido a partir de dois enfo#ues! preventivo e terap)utico. " enfo#ue

    preventivo considera o ob6eto de estudo da Psicopedagogia o ser humano em

    desenvolvimento en#uanto educ0vel. " enfo#ue terap)utico considera o ob6eto

    de estudo da psicopedagogia a identificação, an0lise, elaboração de uma

    metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem

    F*

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    compreensão do  processo de aprendizagem e a relação #ue o aprendiz

    estabelece com a mesma, o ob6eto da psicopedagogia passa a ser mais

    abrangente! a metodologia é apenas um aspecto no processo terap)utico, e o

    principal ob6etivo é a investigação de etiologia da dificuldade de aprendizagem,

    bem como a compreensão do processamento da aprendizagem considerando

    todas as vari0veis #ue interv)m nesse processoS F**1, P. 3G.

    /o ponto de vista de Leiss, Sa psicopedagogia busca a melhoria das

    relaç(es com a aprendizagem, assim como a melhor #ualidade na construção

    da própria aprendizagem de alunos e educadoresS F**, P. 9G.

    4om refer)ncia aos profissionais brasileiros supracitados, pude-se

    verificar #ue o tema aprendizagem ocupa-os e preocupa-os, sendo os

    problemas desse processo F de aprendizagemG a causa e a razão  da

    Psicopedagogia. Pode-se observar esse pensamento traduzido nas palavras de

    profissionais argentinos como licia 'ernandez, %ara Paín, Dorge isca, ?arina

    ?Kller, etc., #ue atuam na 0rea e estão envolvidos no trabalho teórico. Para

    eles, Sa aprendizagem com seus problemasS constitui-se no  pilar-base da

    Psicopedagogia.

    %egundo Dorge isca, a Psicopedagogia, #ue inicialmente foi uma ação

    subsidi0ria da ?edicina e da Psicologia, perfilou-se como um conhecimento

    independente e complementar, possuída de um ob6eto de estudo C o processo

    de aprendizagem  C e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos

    próprios.

     tualmente, a Psicopedagogia trabalha com uma concepção de

    aprendizagem segundo a #ual participa desse processo um e#uipamento

    biológico com disposiç(es afetivas e intelectuais #ue interferem na forma de

    relação do su6eito com o meio, sendo #ue essas disposiç(es influenciam e são

    influenciadas pelas condiç(es socioculturais do su6eito e do seu meio.

     o psicopedagogo cabe saber  como se constitui o su6eito, como este se

    transforma em suas diversas etapas de vida, #uais os recursos de conhecimento

    de #ue ele disp(e e a forma pela #ual produz conhecimento e aprende. =

    preciso, também, #ue o psicopedagogo saiba o #ue é ensinar e o #ue é

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    aprender como interferem os sistemas e métodos educativos os problemas

    estruturais #ue interv)m no surgimento dos transtornos de aprendizagem e no

    processo escolar.

    %egundo :ossa, faz-se, desta maneira, imperioso #ue, en#uanto

    psicopedagogos, aprendemos sobre como os outros su6eitos aprendem e

    também sobre como nós aprendemos. Para licia 'ern0ndez, esse saber só é

    possível com uma formação #ue os oriente sobre tr)s pilares!

    -pr0tica clínica, construção teórica, tratamento psicopedagógico-did0tico.

    /e acordo com licia 'ern0ndez F**G, todo su6eito tem a sua

    modalidade de aprendizagem,ou se6a, meios, condiç(es e limites para conhecer.

    >o trabalho clínico, conceber o su6eito #ue aprende como um su6eito

    epist)mico-epistemofílico implica procedimentos diagnósticos e terap)uticos #ueconsiderem tal concepção. Para isso, é necess0ria uma leitura clínica na #ual,

    através da escuta psicopedagógica, se possa decifrar os processos #ue dão

    sentido ao observado e norteiam a intervenção.

     inda de acordo com licia 'ern0ndez, necessitamos incorporar

    conhecimentos sobre o organismo, o corpo, a intelig)ncia e o dese6o, estando

    estes #uatro níveis basicamente implicados no aprender. 4onsiderando-se o

    problema de aprendizagem na interseção desses níveis, as teorias #ue ocupam

    da intelig)ncia, do inconsciente, do organismo e do corpo, separadamente, não

    conseguem resolv)-lo.

    'az-se necess0rio construir, pois, uma teoria psicopedagógica

    fundamentada em conhecimentos de outros corpos teóricos, #ue,

    ressignificados, embasem essa pr0tica.

    71EMBASAMENTOS TE;RICOS

    'undamentos da psicopedagogia implica refletir sobre as suas origens

    teóricas desde o seu parentesco com a Pedagogia, #ue traz as indefiniç(es e

    contradiç(es, de uma ci)ncia cu6os limites são os da própria vida humana.

    4omo 60 mencionamos a psicopedagogia necessita de v0rias 0reas para

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    compor o seu ob6eto de estudo! Psicologia, 'ilosofia, >eurologia, %ociologia,

    Aínguistica e a Psican0lise, etc...

    " conhecimento de diversas 0reas segundo os autores rgentinos e

    :rasileiros servem para fundamentar a constituição de uma teoria

    psicopedagógica.

    /evido a complexidade do seu ob6eto de estudo, são importantes 2

    psicopedagogia, conhecimentos específicos de diversas outras teorias, como!

    • Psican0lise, #ue encarrega-se do inconsciente

    • Psicologia %ocial, #ue visa a constituição do su6eito e suas relaç(es

    familiares grupais e institucionais, em condição socio-culturais e

    econ+micas

    • $pistemologia T Psicologia genética, #ue analisa e descreve o

    processo de como se constrói o conhecimento em interação com

    outros e com os ob6etos.

    • AingKística, encarrega-se da compreensão da linguagem.

    • Pedagogia, contribui com as diversas abordagens do processo ensino-

    aprendizagem

    • >europscologia, possibilita a compreensão dos mecanismos cerebrais

    #ue sub6azem ao aprimoramento das atividades mentais. $tc...

    /essa forma todas essas teorias F0reasG fornecem meios para refletir e

    operar no campo psicopedagógico.

    "s profissionais da psicopedagogia, sustentam a sua pr0tica em

    pressupostos teóricos.

    " foco de atenção do psicopedagogo, é a reação do su6eito diante das

    tarefas, considerando resist)ncias, blo#ueios, lapsos, hesitaç(es, repetição,

    sentimentos de angustias.

     tualmente, a Psicopedagogia refere-se a um saber e a um saber-fazer,

    2s condiç(es sub6etivas e relacionais C em especial familiares e escolares C 2s

    inibiç(es, atrasos e desvios do su6eito ou grupo a ser diagnosticado.

    " conhecimento psicopedagogico não se cristaliza numa delimitação fixa,

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    nem nos déficits e alteraç(es sub6etivas do aprender, mas avalia a possibilidade

    do su6eito, a disponibilidade afetiva de saber e de fazer, reconhecendo #ue o

    saber é próprio do su6eito.

    7as décadas de 5 a 9, na 'rança, a ação do pedagogo era vinculada 2

    do médico. >o ano de *59, em Paris foi criado o primeiro centro

    psicopedagógico. " trabalho cooperativo entre médico e pedagogo era

    destinado a crianças com problemas escolares, ou de comportamento e eram

    definidas como a#uelas #ue apresentavam doenças cr+nicas como diabetes,

    tuberculose, cegueira, surdez ou problemas motores. denominação

    NPsicopedagógicoO foi escolhida, em detrimento de N?édico PedagógicoO, por#ue

    acreditava-se #ue os pais enviariam seus filhos com menor resist)ncia.

    $m decorr)ncia de novas descobertas científicas e movimentos sociais, a

    Psicopedagogia sofreu muitas influ)ncias.

    $m *7

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    >as décadas de 7 e 9 a categoria profissional dos psicopedagogos

    organizou-se no país, com a divulgação da abordagem psico-neurológica do

    desenvolvimento humano.

     tualmente novas abordagens teóricas sobre o desenvolvimento e a

    aprendizagem, bem como in&meras pes#uisas sobre os fatores intra e extra-

    escolares na determinação do fracasso escolar, contribuíram para uma nova

    visão mais crítica e abrangente.

    7>1CAMPO DE ATUAÇ9O

    " campo de atuação est0 se ampliando, pois o #ue inicialmente

    caracterizava-se somente no aspecto clínico FPsicopedagogia 4línicaG, ho6epode ser aplicado no segmento escolar FPsicopedagogia BnstitucionalG e ainda

    em segmentos hospitalares, empresariais e em organizaç(es #ue aconteçam a

    gestão de pessoas.

    " aspecto clínico é realizado em 4entros de tendimento ou 4línicas

    Psicopedagógicas e as atividades ocorrem geralmente de forma individual.

    " aspecto institucional, como 60 mencionado, acontecer0 em escolas e

    organizaç(es educacionais e est0 mais voltada para a prevenção dos

    insucessos relacionais e de aprendizagem, se bem #ue muitas vezes, deve-se

    considerar a pr0tica terap)utica nas organizaç(es como necess0ria.

    /e acordo com D&lia $ug)nia Ionçalves, ?estra em $ducação e

    Psicopedagoga, Né preciso #ue se6a feita uma ressalva #uanto 0 maneira como

    a Psicopedagogia encara a aprendizagem humana, vista sempre como uma

    feição própria do indivíduo se relacionar com o 4onhecimento gerado e

    armazenado pela 4ultura e os problemas de aprendizagem como oriundos de

    fraturas ocorridas nessa relação, vínculos mal estabelecidos entre aprendentes

    e ensinantes, se6a por fatores de natureza orgEnica, cognitiva ou emocional.

    " trabalho psicopedagógico, portanto, não se apresenta como

    reeducativo, mas, sim , como terap)utico Fuma terapia centrada na

    aprendizagemG não se dirige para um p&blico específico, por#ue aprendentes

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    somos todos nós, humanos ! crianças, 6ovens, ou velhos #ue nos mantemos

    vivos e atuantes, en#uanto aprendemos e ensinamos e podemos contribuir com

    a nossa marca para a evolução da humanidade.

     inda segundo Dulia, Na atuação do psicopedagogo difere da#uela do

    psicólogo, pois este não est0 preocupado especificamente com a

    aprendizagem , como a#uele. 4ostumo dizer #ue o ser humano, em sua

    complexidade, sempre articula uma maneira de pedir a6uda, #uando est0 em

    dificuldades de #ual#uer natureza. %e6a a criança, apresentando uma dificuldade

    específica na $scola se6a o 6ovem , fazendo muitas vezes uma verdadeira

    negação da escolaridade e enveredando pela marginalidade se6a o idoso,

    entrando em depressão por se 6ulgar incapaz de aprender e continuar

    contribuindo para sua comunidade . Wuando esse pedido de a6uda se d0 viaaprendizagem, aí deve atuar o psicopedagogo, por ser o profissional cu6a

    formação o habilita para compreender e atender tais solicitaç(es.

      Psicopedagogia aplicada a segmentos hospitalares e empresariais est0

    voltada para a manutenção de um ambiente harm+nico e 2 identificação e

    prevenção dos insucessos interpessoais e de aprendizagem. Pode ser realizada

    de forma individual ou em grupo.

    = possível perceber #ue a Psicopedagogia também tem papel importante

    em um novo momento educacional #ue é a inserção e manutenção dos alunos

    com necessidades educativas especiais F>$$G no ensino regular, comumente

    chamada inclusão.

    $ntende-se #ue colocar o aluno com >$$ em sala de aula e não criar

    estratégias para a sua perman)ncia e sucesso escolar inviabiliza todo o

    movimento nas escolas. 'az-se premente a necessidade de um

    acompanhamento e estimulação dos alunos com >$$ para #ue as suas

    aprendizagens se6am efetivas.

    7?1COMPET@NCIA DO PSICOPEDAGOGO

    4ompet)ncia é #ualidade de #uem é capaz de resolver certo

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    assunto, fazer determinada coisa. Bmplica em capacidade, habilidade para o

    exercício de uma função.

    4ompetente não é só #uem possui uma aptidão, mas #uem

    tem sufici)ncia, propriedade e ade#uação na tarefa #ue executa.

    cumpre-nos analisar o #ue faz o psicopedagogo, #ual é sua

    tarefa, a fim de #ue possamos avaliar as compet)ncias #ue dela derivam.

    " prefixo N psi N não é moderno. /eriva de N physis “, utilizado

    pelos pré-socr0ticos para definir a totalidade de tudo #ue é .

    Para %er, necess0rio se faz possuir as características da

    espécie humana.

    'ílon, de lexandria, desvelava a condição humana dentro de

    um #uatérnio!basar, soma - dimensão corporal

    nephesh - dimensão psí#uica

    nous - dimensão consciente, cognitiva

    pneuma- o sopro - dimensão espiritual .

    %ara Paín , utiliza também um #uatérnio para explicar as vias

    pelas #uais os seres humanos acedem ao N 4onhecimento N. . $stas #uatro

    estruturas permitirão ao beb) captar o conhecimento, para reproduzir-se como

    humano, para ser. %ão elas!

    " organismo - substrato biológico

    " corpo - lugar da identidade

    estruturas cognitivas- intelig)ncia

    estrutura simbólica - função semiótica F sinais, signos e símbolos

    G

    Podemos ,então, concluir #ue psi- é um prefixo aplic0vel a seres

    humanos e #ue psicopedagogos trabalham com esta categoria.

    %er humano é então, desde a antigKidade, ser diferente.

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

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    %er humano é ser aprendendente , recriando e criando

    conhecimentos. %er humano é buscar a liberdade na obrigação da interpretação.

    $sta é sua dialética.

    Para realizar um trabalho N psi N, necess0rio se faz, portanto,

    interpretar.

    " homem é o &nico animal hermen)utico. $le é dotado de um

    pensamento reflexivo, #ue o capacita a fazer um 6uízo de valor sobre si mesmo,

    sobre os outros e sobre a realidade #ue o cerca.

    /esde o início da Uistória da humanidade, temos testemunhos

    do trabalho de algunsO psis

    Wuem nos apresenta a eles é 'ílon, #ue assim denomina um

    grupo de homens de cultura helenística."s terapeutas eram hermeneutas habilitados na arte da

    interpretação dos textos sagrados, dos sonhos e dos eventos da exist)ncia.

     #ueles #ue 'ílon de lexandria chamava de terapeutas tinham

    uma maneira de viver bem diferente da#uela #ue vivenciam os #ue ho6e levam

    esse nome.

    " psicopedagogo ser0 um terapeuta Q esta pergunta tanto atrai

    como amedronta. = a dialética de uma atividade ainda não totalmente

    especificada e regulamentada.

    8erapia é, sem d&vida nenhuma, N arte da interpretação N.

    $feitos e afetos modificam-se em direção a um melhor ou a um

    pior, de acordo com o sentido #ue se d0 a um sofrimento, um evento, um sonho

    ou um texto . "s acontecimentos são o #ue são, o #ue se faz deles depende do

    sentido #ue se lhes d0.

      palavra therapeutes precisa ser melhor especificada.$la pode

    apresentar dois sentidos principais a partir do verbo de #ue provém!

    -servir, cuidar, honrar 

    1 -tratar, sarar 

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    8erapeuta é a#uele #ue cuida, #ue se desvela em direção ao

    outro procurando aliviar-lhe os sofrimentos. = a#uele #ue cuida, não o #ue cura.

    $le est0 l0 apenas para por o su6eito nas melhores condiç(es possíveis, a fim de

    #ue este atue e venha a se curar.

    8erapeuta é também a#uele #ue honra, e #ue, portanto, é

    respons0vel por uma ética sub6acente 2 sua atividade. >este sentido, os

    terapeutas sa( também filósofos, por#ue estão sempre em busca da verdade

    #ue se encontra por detr0s das apar)ncias. " homem é seu livro de estudos e

    ele ama o Uomem e a sabedoria #ue dele se origina. Bsso pode parecer uma

    utopia, para muitos, mas, utopia não é o irrealiz0vel, mas o irrealizado X /este

    modo, podemos fazer uma leitura da descrição dos terapeutas, como algo

    semelhante ao mito fundador, original, de todas as terap)uticas.  psicopedagogia é uma forma de terapia. /aí não haver a

    distinção, como lembra lícia, entre psicopedagogia institucional e clínica. 8odo

    trabalho psi é clínico se6a realizado numa instituição ou entre as #uatro paredes

    de um consultório. 4línica é a nossa atitude de respeito pelas viv)ncias do

    outro, de disponibilidade perante seus sofrimentos, de olhar e de escuta além

    das apar)ncias #ue nos são expostas.

    " psicopedagogo é um terapeuta #ue trabalha com esta

    característica b0sica do ser humano #ue é a aprendizagem

    'ílon define os terapeutas como a#ueles #ue cuidavam do

    corpo, das imagens e dos ar#uétipos #ue o animam, do dese6o e do "utro.

    e6amos o #ue eu penso #ue ele #ueria dizer com isto e como

    podemos estabelecer uma relação deste #uatérnio, com a compet)ncia do

    psicopedagogo!

    1;.4uidar do corpo ! não o corpo compreendido como

    organismo. Aembremo-nos de %ara Pain e da distinção

    #ue ela traça entre estas duas estruturas. " corpo de #ue

    cuidamos é a#uele transversalizado pelo dese6o, um corpo

    animado F Enima - a#uilo #ue anima, #ue d0 o

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    16/75

    movimento G. >ão um corpo ob6eto, mas um corpo su6eito,

    #ue N fala N. 4uidar do corpo é prestar atenção ao sopro

    #ue o anima e #ue possibilita a aprendizagem. = preciso

    um movimento para #ue ocorra aprendizagem. 4aber0 ao

    terapeuta a função de dialogar com este corpo, desatando

    os nós #ue se colocam como impelidos 0 vida e 2

    intelig)ncia criativa.

    1ão é ensinar, é possibilitar aprendizagens.

    1*.4uidar do dese6o!uma palavra #ue ocorre muitas vezes na

    obra de 'ílon é N$#uilíbrioO . 4uidar do dese6o é não

    percorrer um caminho de excessos, mas um caminho do

    meio. " dese6o é o do "utro e o meu. >o trabalho

    psicopedagógico não existe professor e aluno, mas

    ensinante e aprendente #ue interagem sem possuírem

    papéis fixos ou predeterminados. >ão se trata de #uerer a

    todo custo fazer compreender, #uerer #ue o outro

    compartilhe as nossas mais íntimas convicç(es. Bsso de

    nada serve e denota uma vontade de poder. ?elhor é

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    17/75

    respeitar o do outro como se respeita o seu próprio rítmo.

    4uidar do dese6o é atentar para as próprias necessidades,

    é procurar supervisão e terapia para a melhoria de nossa

    escuta e de nosso olhar, #ue se direciona tanto para o

    outro como para nós mesmos.

    3.4uidar do outro ! verdade é a condição da alegria, e, por

    isso, é necess0rio, ver com clareza. Bsso sup(es sair das

    pro6eç(es, #ue não nos deixam ver o #ue é. = precisoO por

    entre par)ntesisO. Bsso significa olhar para uma pessoa,

    um acontecimento e não pro6etar sobre isto nossos

    temores e dese6os, todas as nossas lembranças. = deixarde lado o próprio ponto de vista e os seus

    condicionamentos, ver as coisas a partir delas mesmas,

    em sua N outridade. " olhar do terapeuta não deve ser

    claro apenas no sentido de l&cido, mas também no sentido

    de esclarecedor. /iante de um olhar assim, a pessoa não

    se sente 6ulgada, nem menosprezada, mas aceita, e esta

    aceitação é a condição necess0ria para #ue se inicie o

    caminho de cura. d#uirir um olhar esclarecedor, para o

    terapeuta, é ad#uirir a humildade é relativisar o N eu N.

      compet)ncia do psicopedagogo est0, portanto, na difícil tarefa

    de por em articulação teoria e pr0tica. >ão existe psicopedagogo en#uanto o N

    fazer N não se inicia. >ão existe Psicopedagogia sem a busca da verdade #ue

    esta inscrita no conhecimento de si e do outro e na criação de novos

    conhecimentos.

    = necess0ria uma integração também entre os saberes

    científicos, a fim de #ue a compet)ncia do psicopedagogo se6a sentida!

    epistemológico - especificidades dos conhecimentos

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    18/75

    saberes científicos! metodológico -encontrar respostas

    pessoais aos

    conhecimentos em #uestão

    pedagógico - transmissão dos conhecimentos

    $scolher a psicopedagogia como terapia, fazer-se terapeuta é

    uma assumir a responsabilidade por uma formação contínua e cada vez mais

    aprofundada nas #uest(es humanas, é assumir a responsabilidade por uma

    atividade #ue implica um saber interdisciplinar e eclético, sem sectarismos de

    #ual#uer espécie, é estar aberto para as mudanças.

    81PROJETO LEI

    Pro6eto Aei n. 315T*; do /eputado :arbosa >eto #ue regulamenta a

    profissão do Psicopedagogo e cria o 4onselho 'ederal e os 4onselhos

    Megionais de Psicopedagogia.

    • " psicopedagogo é o profissional #ue auxilia na identificação e

    resolução dos problemas no processo de aprender. " Psicopedagogoest0 capacitado a lidar com as dificuldades de aprendizagem, um dos

    fatores #ue leva a multirepet)ncia e 2 evasão escolar, conduzindo a

    marginalização social.

    O Psicope!"o"o:

    31.Possibilita intervenção visando 2 solução dos problemas de aprendizagem

    tendo como enfo#ue o aprendiz ou a instituição no ensino p&blico ou

    privadoç

    33.Mealiza o diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando métodos,

    instrumentos e técnicas próprias da Psicopedagogia

    35.tua na prevenção dos problemas de aprendizagem

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    19/75

    37./esenvolve pes#uisas e estudos científicos relacionados ao processo de

    aprendizagem e seus problemas

    39."ferece assessoria psicopedagógica aos trabalhos realizados em espaços

    institucionais, inclusive no ensino superior

    3;."rienta, coordena e supervisiona cursos de especialização de

    psicopedagogia, em nível de pós-graduação, expedidos por instituiç(es ou

    escolas devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da legislação

    vigente.

    O UE O PSICOPEDAGOGO OBSERVA NO INDIVDUO

    • 4oordenação motora ampla

    •  specto sensório motor

    • /ominEncia lateral

    • /esenvolvimento rítmico

    • /esenvolvimento motor fino

    • 4riatividade

    • $volução do traçado e do desenho

    • Percepção e discriminação visual e auditiva

    • Percepção espacial

    • Percepção iso-motora

    • "rientação e relação espaço-temporal

    •  #uisição e articulação de sons

    •  #uisição de palavras novas

    • $laboração e organização mental

    •  tenção e concentração

    • $xpressão pl0stica

    •  #uisição de conceitos

    • /iscriminação e correspond)ncia de símbolos

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    20/75

    • Maciocínio lógico matem0tico.

      Psicopedagogia h0 muito tempo é reconhecida, respeitada e

    regulamentada em países culturalmente desenvolvidos como! rgentina,

    $stados Jnidos, 'rança Fonde surgiu em meados do sec. VBVG .

    >europediatras, Psi#uiatras e $ducadores, começaram a estudar e trabalhar

    temas pertinentes a problemas relacionados com a conduta e o comportamento

    do indivíduo, principalmente com relação ao seu desenvolvimento cognitivo,

    afetivo, emocional, orgEnico e motor.

    1A PRÁIS PSICOPEDAGOGICA

      pr0xis psicopedagógica é entendida como o conhecimento dos

    processos de aprendizagem nos seus aspectos cognitivos, emocionais e

    corporais.

    818 4 Psicope!"o"i! C%#ic!

    /iagnostica, orienta, atende em tratamento e investiga osproblemas emergentes nos processos de aprendizagem. $sclarece os

    obst0culos #ue interferem para haver uma boa aprendizagem. 'avorece o

    desenvolvimento de atitudes e processos de aprendizagem ade#uados.

    Mealiza o diagnóstico-psicopedagógico, com especial )nfase nas

    possibilidades e pertubaç(es da aprendizagem esclarecimento e

    orientação ocacional operativa em todos os níveis educativos.

      psicopedagogia no campo clínico emprega como recurso

    principal a realização de entrevistas operativas delicadas e a progressiva

    resolução da problem0tica individual eTou grupal da#ueles #ue a

    consultam.

    817 4 Psicope!"o"i! I#s&i&(cio#!%

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    21/75

      psicopedagogia vem atuando com muito sucesso nas diversas

    Bnstituiç(es, se6am escolas, hospitais e empresas. %eu papel é analisar os

    fatores #ue favorecem, intervem ou pre6udicam uma boa aprendizagem

    em uma instituição. Prop(e e a6uda o desenvolvimento dos pro6etos

    favor0veis a mudanças.

    Portanto o ob6etivo do psicopedagogo é o de!

    • 4onduzir a criança ou adolescente, o adulto ou a Bnstituição a

    reinserir-se, reciclar-se numa escolaridade normal e saud0vel, de

    acordo com as possibilidades e interesses dela.

    • Promover a aprendizagem, garantindo o bem estar das pessoas em

    atendimento profissional, valendo-se dos recursos disponíveis,

    incluindo a relação interprofissional.

    •  tender indivíduos #ue apresentem dificuldades para aprender por

    diferentes causas, estando assim, inadaptados social ou

    pedagogicamente.

    • $ncora6ar a#uele #ue aprende 2 tornar-se cada vez mais aut+nomo

    em relação ao meio, em interagir com os colegas e resolver os

    conflitos entre eles mesmos a ser independente e curioso a usariniciativa própria 8er confiança na habilidade de formar idéias próprias

    das coisas a exprimir suas idéias com convicção e conviver

    construtivamente com medos e ang&stias.

      Psicopedagogia tem muito a ensinar sobre o vínculo

    professorTaluno, professorTescola e sua incid)ncia na construção do

    conhecimento e na constituição sub6etiva de alunos e educadores.

      Psicopedagogia tem trabalhado com as relaç(es entre as

    modalidade de ensino da escola e dos professores e as modalidades de

    aprendizagem de alunos e educadores.

      Psicopedagogia oferece in&meros conhecimentos e formas de

    atuação para a abertura de espaços ob6etivosTsub6etivos onde a autoria

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    22/75

    do pensamento de alunos e professores se6a possível e,

    conse#uentemente, a aprendizagem ocorra.

    " Psicopedagogo t)m realizado trabalhos com grupos de

    educadores resgatando suas histórias de aprendizagem, ressignificando

    seus modelos de aprendentesTensinantes t)m proporcionado a abertura

    de espaços vivencias para #ue os educadores reconheçam a própria

    autoria de pensamento, permitindo assim #ue seus alunos também se6am

    su6eitos pensantes. $spaços onde os educadores se conectam com a

    ang&stia de conhecer e de desconhecer redimensionando seus vínculos

    com os alunos.

    " trabalho psicopedagógico tem como base 2s teorias de Dean Piaget,

    YgostZY. Uo[ard Iardner. UenrY Lallon, 'reud, Perrenoud, /avid usebel, Pichon, etc..

    1TICA PROFISSIONAL

    "s psicopedagogos devem seguir certos princípios éticos #ue estão

    condensados no 4ódigo de =tica, devidamente aprovado pela ssociação

    :rasileira de Psicopedagogia, no ano de **9.

    " 4ódigo de =tica regulamenta as seguintes situaç(es!

    • os princípios da Psicopedagogia

    • as responsabilidades dos psicopedagogogos

    • as relaç(es com outras profiss(es

    • o sigilo

    • as publicaç(es científicas

    a publicidade profissional• os honor0rios

    • as relaç(es com a educação e sa&de

    • a observEncia e cumprimento do código de ética e

    as disposiç(es gerais.

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    23/75

    C!p&(%o I H Dos P$i#cpios

    A$&i"o 8

      Psicopedagogia é um campo de atuação em educação e sa&de #ue lida com o

    processo de aprendizagem humana seus padr(es normais e patológicos, con-

    siderando a influ)ncia do meio - família, escola e sociedade - no seu desenvol-

    vimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia.

    Par0grafo \nico

      intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relaciona

    do com o processo de aprendizagem.

     A$&i"o 7  Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Jtiliza recursos das v0rias

    0reas, do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender no

    sentido, ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprias.

    A$&i"o

     " trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de car0ter

    preventivo eTou remediativo.

    A$&i"o

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    24/75

    A$&i"o ?

    %ão deveres fundamentais dos psicopedagogos!

    aG ?anter-se atualizado #uanto aos conhecimentos científicos e técnicos #ue

    tratem do fen+meno da aprendizagem humana.

    bG ]elar pelo bom relacionamento com especialistas de outras 0reas, mantendo

    uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação 2s diferentes vis(es de

    mundo.

    cG ssumir somente as responsabilidades para as #uais este6a preparado dentro

    dos limites da compet)ncia psicopedagógica.

    dG 4olaborar com o progresso da Psicopedagogia. eG /ifundir seus

    conhecimentos e prestar serviços nas agremiaç(es de classe sempre #uepossível.

    fG Mesponsabilizar-se pelas avaliaç(es feitas, fornecendo ao cliente uma defi-

    nição clara do seu diagnóstico.

    gG Preservar a identidade, parecer eTou diagnóstico do cliente nos relatos e .

    discuss(es feitos a título de exemplos e estudos de casos.

    hG Mesponsabilizar-se por crítica feita a colegas na aus)ncia destes

    iG ?anter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser conivente

    ou acumpliciar-se, de #ual#uer forma, com o ato ilícito ou cal&nia. " respeito e a

    dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo

    para a harmonia da classe e a manutenção do conceito p&blico.

    C!p&(%o III H D!s $e%!)*es co o(&$!s p$o0iss*es

    A$&i"o

    " psicopedagogo procurar0 manter e desenvolver boas relaç(es com os compo-

    nentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o

    seguinte!

     aG 8rabalhar nos estritos limites das atividades #ue lhe são reservadas.

    bG Meconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização,

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    25/75

    encaminhando-os a profissionais habilitados e #ualificados para o atendimento.

    C!p&(%o IVHDo si"i%o

    A$&i"o

    " Psicopedagogo est0 obrigado a guardar sigilo sobre fatos de #ue tenha co-

    nhecimento em decorr)ncia do exercício de sua atividade.

    Par0grafo \nico

    >ão se entende como #uebra de sigilo informar sobre o cliente a especialistas

    comprometidos com o atendimento.

    A$&i"o

    " Psicopedagogo não revelar0, como testemunha, fatos de #ue tenhaconhecimento no exercício de seu trabalho, a menos #ue se6a intimado a depor

    perante autoridade competente.

    A$&i"o 8K

    "s resultados de avaliaç(es só serão fornecidos a terceiros interessados

    mediante concordEncia do próprio avaliado ou do seu representante legal.

    A$&i"o 88

    "s prontu0rios psicopedagógicos são documentos sigilosos e não ser0

    fran#uiado o acesso a pessoas estranhas ao caso.

    C!p&(%o V H D!s p('%ic!)*es cie#&0ic!s

    >a publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as seguintes

    normas!

    aG s discordEncias ou críticas deverão ser dirigidas 2 matéria em discussão e

    não ao autor.

    bG $m pes#uisa ou trabalho em colaboração, dever0 ser dada igual )nfase aos

    autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores

    2#uele #ue mais contribuiu para a realização do trabalho.

    cG $m nenhum caso o Psicopedagogo se prevalecer0 da posição hier0r#uica

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    26/75

    para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua

    orientação.

    dG $m todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliogr0fica utilizada,

    bem como esclarecidas as idéias descobertas e as ilustraç(es extraídas de cada

    autor.

    C!p&(%o VI H D! p('%ici!e p$o0issio#!%

    A$&i"o 8

    " Psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços,

    dever0 faze-lo com exatidão e honestidade.

    A$&i"o 8

    "s honor0rios deverão ser fixados com cuidado a fim de #ue representem 6usta

    retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados previamente.

    Capítulo VIII H Das relações com educação e saúde

    A$&i"o 8?

    " Psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridade competentes sobre

    a organização, a implantação e a execução de pro6etos de $ducação e %a&de

    P&blica relativas a #uest(es psicopedagógicas.

    C!pi&(%o I H D! o'se$/#ci! e c(p$ie#&o o c.i"o e &ic!

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    27/75

    A$&i"o 8

    4abe ao Psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.

    A$&i"o 8

    4abe ao 4onselho >acional da :Pp orientar e zelar pela fiel observEncia dos

    princípios éticos da classe.

    A$&i"o 8

    " presente código poder0 ser alterado por proposta do 4onselho da :Pp e

    aprovado em ssembléia Ieral

    C!pi&(%o H D!s Disposi)*es Ge$!is

    A$&i"o 7K" presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em ssembléia

    Ieral, realizada no $ncontro e BB 4ongresso de Psicopedagogia da :Pp em

    1T;T**1, e sofreu a @ alteração proposta pelo 4ongresso >acional e >ato no

    bi)nio *7T*9 sendo aprovado em *T;T**9, na ssembléia Ieral do BBB

    4ongresso :rasileiro de Psicopedagogia, da :Pp, da #ual resultou a presente

    redação.

     ssim sendo, o psicopedagogo deve ser um profissional #ue tem

    conhecimentos multidisciplinares, pois em um processo de avaliação

    diagnóstica, é necess0rio estabelecer e interpretar dados em v0rias 0reas. "

    conhecimento dessas 0reas far0 com #ue o profissional compreenda o #uadro

    diagnóstico do aprendente e favorecer0 a escolha da metodologia mais

    ade#uada, ou se6a, o processo corretor, com vista a superação das

    inade#uaç(es do aprendente.

    = necess0rio ressaltar também #ue a atualização profissional é imperiosa,

    uma vez #ue trabalhando com tantas 0reas, a descoberta e a produção do

    conhecimento é bastante acelerada.

    >o #ue diz respeito 2 Pedagogia, a relação #ue se pode estabelecer com

    a Psicopedagogia, é #ue ela representa uma das colunas de sustentação do

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    28/75

    emergente campo de conhecimento, assim como igual importEncia, tem a

    Psicologia e outras 0reas de conhecimento #ue o permeiam.

      Psicopedagogia nasceu, especialmente, da necessidade de

    compreensão e atendimento 2s pessoas com dificuldades e dist&rbios de

    aprendizagem e ao longo de sua estruturação, veio e vem ad#uirindo novas

    perspectivas.

    8K 4 A =ISTORIA DA PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL E NA ARGENTINA

    :ossa, em sua obra Psicopedagogia no :rasil faz um resumo referente a

    tra6etória da Psicopedagogia, ressalta #ue o movimento da Psicopedagogia no

    :rasil deu-se devido ao seu histórico na rgentina.

      autora articula #ue encontra-se trabalhos de autores argentinos na

    literatura brasileira, os #uais constituem os primeiros esforços no sentido de

    sistematizar um corpo teórico da Psicopedagogia. origem do pensamento

    argentino acerca da Psicopedagogia, est0 fortemente marcada pela literatura

    francesa. utores como Dac#ues Aacan, ?aud ?annoni, 'rançoise /olto, Duli0n

    de 6uriaguerra, Danine ?erY, ?ichel Aobrot, Pierre aYer, ?aurice /ebesse,

    Mené /iatZine, Ieorge ?auco, Pichón-Mivi^re e outros, são fre#Kentemente

    citados nos trabalhos argentinos.

    Melata a autora #ue, a Psicopedagogia nasceu na $uropa, ainda no

    século VBV. Bnicialmente, pensaram sobre o problema de aprendizagem! os

    filósofos, os médicos e os educadores.

    /e acordo com :ossa, na literatura francesa C encontra-se, entre outros,

    os trabalhos de Danine ?erY, psicopedagoga francesa, #ue apresenta algumas

    consideraç(es sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na

    $uropa, e os trabalhos de Ieorge ?auco, fundador do primeiro centro médico-

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    29/75

    psicopedagógico na 'rança onde se percebe as primeiras tentativas de

    articulação entre ?edicina, Psicologia, Psican0lise e Pedagogia, na solução dos

    problemas de comportamento e de aprendizagem.

    " termo  psicopedagogia curativa, foi adotado por Danine ?erY, usado

    para caracterizar uma ação terap)utica #ue considera aspectos pedagógicos e

    psicológicos no tratamento de crianças #ue apresentam fracasso escolar. 8ais

    crianças S experimentam dificuldades ou demonstram lentidão em relação aos

    seus colegas no #ual diz respeito 2s a#uisiç(es escolaresS FDanine ?erY, *

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    30/75

    inicialmente 2s crianças retardadas.

    Posteriormente, o método ?ontessori foi estendido a todas as crianças, sendo

    ho6e utilizado em muitas $scolas. %ua principal preocupação est0 na educação

    da vontade e na alfabetização, via estimulação dos órgãos dos sentidos C sendo

    por isso classificado como sensorial  Fcf. ?ontessori, *75G.

    " psi#uiatra "vidir /ecrolY também se preocupou com a ed. infantil,

    utilizando técnicas de observação e filmagem para estudar as situaç(es de

    aprendizagem. 4riou os famosos 4entros de Bnteresse, #ue perduram até os

    nossos dias Fcf. /ecrolY, *1*G.

    4onforme ?erY F*

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    31/75

    afirma #ue o curso de Psicopedagogia passou por tr)s momentos distintos

    devido a alteraç(es nos seus planos de estudo. F:ossa e ?ontti, **, p.11G.

    Para 'ern0ndez e ?ontti, o segundo momento da Psicopedagogia na

     rgentina é constituído pelos planos de *93, *95 e *9*, nos #uais se

    evidencia a influ)ncia da Psicologia $xperimental na formação do

    psicopedagogo. >este momento, busca-se a formação instrumental do

    profissional, ou se6a, procura-se capacit0-lo na medição das funç(es cognitivas e

    afetivas.

    /urante os trinta anos #ue se passaram desde o seu estabelecimento na

     rgentina, a Psicopedagogia tem ocupado um significado espaço no Embito da

    educação e da sa&de. >esse processo evolutivo, é importante destacar um fato

    relevante #ue permitiu mudanças na abordagem da Psicopedagogia! dareeducação 2 clínica. >a década de *; criou-se em :uenos ires os 4entros

    de %a&de ?ental, onde atuavam e#uipes de psicopedagogos #ue faziam

    diagnóstico e tratamento. $sses profissionais observavam #ue, depois de um

    ano de tratamento, #uando os pacientes retornavam para controle, haviam

    SresolvidoS os seus problemas de aprendizagem. $ntretanto, em lugar desses

    problemas surgiam graves dist&rbios de personalidade! fobias, traços psicóticos,

    etc. "s reeducadores tomaram, então, consci)ncia de #ue haviam afogado o

    &nico grito #ue esses su6eitos tinham para se expressar, produzindo-se, pois, um

    deslocamento de sintoma. partir daí ocorre uma grande mudança na

    abordagem psicopedagógica. "s psicopedagogos começam a incluir no seu

    trabalho o olhar e a escuta clínica da Psican0lise, resultando no atual perfil do

    psicopedagogo argentino.

    "bservam 'ern0ndez e ?ontti #ue, na rgentina, a atuação

    psicopedagógica est0 ligada, fundamentalmente, a duas 0reas! a educação e a

    sade.  função do psicopedagogo na 0rea educativa é cooperar para diminuir o

    fracasso escolar, se6a este da instituição, se6a do su6eito ou, o #ue é mais

    fre#Kente, de ambos. $sse ob6etivo é perseguido através de assessoramento

    aos pais, professores e diretores, para #ue possam decidir e opinar na

    elaboração de planos de recreação, cu6o ob6etivo é o desenvolvimento da

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    32/75

    criatividade, do 6uízo crítico e da cooperação entre os alunos. inda na 0rea

    educativa, psicopedagogo argentino atua no serviço de orientação vocacional,

    na passagem do R para o 1R e deste par o 3R grau, bem como em outras

    atividades #ue surgem em função de necessidades concretas da instituição.

    Wuanto a 0rea de sa&de, o psicopedagogo, na rgentina, trabalha em

    consultórios particulares eTou em instituiç(es de sa&de, hospitais p&blicos e

    particulares. %ua função é reconhecer e atuar sobre as alteraç(es da

    aprendizagem sistem0tica eTou assistem0tica. Procura-se reconhecer as

    alteraç(es da aprendizagem sistem0tica, utiliza-se diagnóstico na identificação

    dos m&ltiplos geradores desse problema e, fundamentalmente, busca-se

    descobrir como o su6eito aprende. Jtilizam-se, no diagnóstico, testes para

    melhor conhecer o paciente e a sua problem0tica, os #uais são selecionados emfunção de cada su6eito. Participam do processo diagnóstico tanto o su6eito

    #uanto os pais.

    8K17 4 Psicope!"o"i! #o B$!si%

    /e acordo com :ossa, no :rasil, se explicou o problema de

    aprendizagem como produto de fatores orgEnicos FAef^vre, *9o final da década de ;, surgiram os primeiros cursos de especialização

    em Psicopedagogia no :rasil, idealizados para complementar a formação dos

    psicólogos e de educadores #ue buscavam soluç(es para esses problemas.

    $sses cursos foram estruturados e, dentro desse contexto histórico, amparadosnum conhecimento científico, fruto de uma dinEmica sociocultural #ue não a

    nossa.

    "s profissionais de Porto legre organizaram centros de estudos

    destinados 2 formação e atualização em Psicopedagogia C nos moldes dos

    cursos do 4entro ?édico de Pes#uisas de :uenos ires -, como o professor >ilo

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    33/75

    'ichtner, #ue fundou o 4entro de $studos ?édicos e Psicopedagógicos na

    capital ga&cha. $ssa formação em Psicopedagogia d0-se num #uadro de

    refer)ncias baseado num modelo médico de atuação. %egundo Iolbert F*ilo 'chtner

    desde *;, prepara profissionais em Psicopedagogia 8erap)uticaS.

    >este breve histórico da Psicopedagogia no :rasil, não se pode deixar de

    mencionar o trabalho da professora IennY Iolubi de ?oraes, por sua

    contribuição na compreensão e tratamento dos problemas de aprendizagem.

    4oordenadora de cursos na PJ4-%P, foi respons0vel pela formação de um

    grande n&mero de profissionais da Psicopedagogia #ue ho6e desenvolvem

    importantes trabalhos na 0rea. Priorizou sempre o trabalho preventivo, deixando

    clara a sua preocupação no sentido de fazer com #ue cada vez menos criançascheguem 2 clínica por problemas escolares.

      nova abordagem desse curso pioneiro reflete a mudança na forma de

    conceber a problem0tica do fracasso escolar e a busca pela identidade desse

    profissional brasileiro, #ue nasce como reeducador e #ue, ao longo do tempo,

    amplia o seu compromisso assumindo a responsabilidade com a diminuição dos

    problemas de aprendizagem nas escolas e, conse#uentemente, com a redução

    dos altos índices de fracasso escolar.

      ssociação :rasileira de Psicopedagogia não deixa de dar contornos 2

    pr0tica psicopedagógica em nosso País. 8em sido respons0vel pela organização

    de eventos de dimensão nacional, bem como por publicaç(es cu6os temas

    retratam as preocupaç(es e tend)ncias na 0rea.

    %egundo :ossa, o trabalho psicopedagógico não pode confundir-se com

    a pr0tica psicanalítica e nem tampouco com #ual#uer pr0tica #ue conceba uma

    &nica face do su6eito. Jm psicopedagogo, cu6o ob6eto de estudo é a

    problem0tica da aprendizagem, não pode deixar de observar o #ue sucede entre

    a intelig)ncia e os dese6os inconscientes. /iz Piaget #ue So estudo do su6eito

    _epist)mico` se refere 2 coordenação geral das aç(es Freunir, ordenar ,etc.G

    constitutivas da lógica, e não ao su6eito _individual`, #ue se refere 2s aç(es

    próprias e diferenciadas de cada indivíduo considerado 2 parteS F*;, p. 1G.

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    34/75

    /esse su6eito individual ocupa-se a psicopedagogia.

    " conceito de aprendizagem com o #ual trabalha a Psicopedagogia

    remete a uma visão de homem como su6eito ativo num processo de interação

    com o meio físico e social. >esse processo interferem o seu e#uipamento

    biológico, as suas condiç(es afetivo-emocionais e as suas condiç(es intelectuais

    #ue são geradas no meio familiar e sociocultural no #ual nasce e vive o su6eito.

    " produto de tal interação é a aprendizagem.

    4onhecer a Psicopedagogia implica um maior conhecimento de v0rias

    outras 0reas, de forma a construir novos conhecimentos a partir delas. o

    concluir o curso de especialização em Psicopedagogia, o aluno est0 iniciando a

    sua formação, o #ue deve ser um ponto de partida para uma eterna busca do

    melhor conhecimento.

    Re0e$-#ci!s

    :M:"%, Aaura ?ont %errat. O p$oe&o e &$!'!%o 4 (! 0o$! e !&(!)5o

    psicope!"."ic!. 4uritiba, Paran0! Ir0fica rins, ***.

    :"%%, >adia . A Psicope!"o"i! #o B$!si%. Porto legre, Mio Irande do

    %ul! rtes ?édicas %ul, 1.

    HBIJ$A, %onia ?oo6en. Re!'i%i&!)5o e Ne($o%o"i! e Psi(i!&$i! I#0!#&i% 4Aspec&os Psicope!"."icos. 4ongresso :rasileiro de >eurologia e Psi#uiatria

    Bnfantil C 4riança e o dolescente da /écada de

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    35/75

    4asa do Psicólogo, %ão Paulo, ***, p. 3;.

     AA$%>/MB>B, 4ristina /ias. "ficina 4riativa e Psicopedagogia. 4asa do

    Psicólogo, %ão Paulo, **9, p.7;.

    '$M>>/$], licia. intelig)ncia aprisionada. Porto legre! rtes ?édicas,

    **

    PB>, %ara. /iagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto

     legre! rtes ?édica, **9

    PB>, %ara. isão da Psicopedagogia diferencial. Bn! Psicopedagoia operativa.

    Porto legre! rtes ?édica, **1

      4ondiç(es de elaboração de um programa diferencial. Bn! Psicopedagoia

    operativa. Porto legre! rtes ?édica, **1

    MJ:B>%8$B>, $dith. especificidade do diagnóstico psicopedagógico. Bn!

    %B%8", 'ermino 'ernandes et al. F"rgs.G. tuação psicopedagógica e

    aprendizagem escolar. Petrópolis, ozes, 13

    PB>, %ara. /iagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto

     legre! rtes ?édica, **9

    4%8M", mélia /omingos de. Psicopedagogia uma terceira opção.

    Proposiç(es . 3 >. 3 F*G! 7-1, **1.

    ?""D$>, %+nia ?aria P. 4onceito de Psicopedagogia! uma pr0tica para além

    do conceito teórico. Mevista Psicopedagogia < F5

    >"''%, >eide de #uino. Palavra da presidente. Mevista Psicopedagogia 5

    F31G! 7-*, **7.

    MJ:B>%8$B>, $dith. especificidade do diagnóstico psicopedagógico. Bn.!

    %B%8", '.'. et al. Forgs.G. tuação psicopedagógica e aprendizagem escolar.

    Petrópolis! ozes, 13.%4"], :eatriz Dudith Aima. Psicopedagogia e realidade escolar. " problema

    escolar e de aprendizagem. Petrópolis! ozes, 11.

    4%8M", mélia /omingos de. Psicopedagogia uma terceira opção. Proposiç(es

    . 3 >. 3 F*G! 7-1, **1.

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    36/75

    ?""D$>, %+nia ?aria P. 4onceito de Psicopedagogia! uma pr0tica para além do

    conceito teórico. Mevista Psicopedagogia < F5

    MJ:B>%8$B>, $dith. Psicopedagogia e a ssociação $stadual de

    Psicopedagogos de %ão Paulo. Bn.! %4"], :. D. A. MJ:B>%8$B>, $. M"%%, $. ?.

    ?. $ :M">$, A.?.4. F"rgs.G. Psicopedagogia. " car0ter interdisciplinar na

    formação e atuação profissional. Porto legre! rt?ed, **.

    ?4$/", Aino de. Para uma Psicopedagogia construtivista. Bn! A$>4M, $unice

    %oriano de F"rg.G >ovas contribuiç(es da Psicologia aos processos de ensino e

    aprendizagem. %ão Paulo! 4ortez, 1.

    >"''%, >eide de #uino. Palavra da presidente. Mevista Psicopedagogia 5 F31G!

    7-*, **7.M$B%8 P%B4"P$/I"IB - 7 F3

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    37/75

    ARTIGOS:

     rtigo de D&lia $ug)nia Ionçalves, NPM$%$>8>/" P%B4"P$/I"IBO [[[.aprender-ai.com.

    8exto apresentado por ocasião do BB $>4">8M" ?B>$BM" /$

    P%B4"P$/I"IB C :elo Uorizonte, ?I, **;

    %ites importantes para pes#uisas!

    http!TT[[[.psicopedagogia.com.br 

    http!TT[[[.abpp.com.br 

    http!TT[[[.aprender-ai.com.:r 

    SEGUE ABAIO ARTIGOS PARA LEITURAS COMPLEMENTARES:

    8 H A Psicope!"o"i! #o B$!si%: (! poss/e% %ei&($!

    $dith Mubinstein

    " artigo trata do percurso da Psicopedagogia no :rasil, as diferentes

    concepç(es ao longo do tempo e a contribuição do órgão de classe na difusão e

    no desenvolvimento da Psicopedagogia em nosso meio.

    Para esta reflexão sobre o percurso da Psicopedagogia no :rasil estarei

    considerando tr)s experi)ncias de car0ter pessoal, as #uais 6ulgo importantes

    para se pensar nos rumos da psicopedagogia brasileira. Wuero frisar #ue esta

    leitura, deve ser compreendida como uma das possíveis leituras sobre os rumos

    da Psicopedagogia e da profissionalização da#ueles #ue se dedicam a 0rea.

    $sta reflexão est0 baseada na viv)ncia profissional como psicopedagoga clínica

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    38/75

    no convívio com os colegas da :Pp e como supervisora nas 0reas clínica e

    institucional. $stas experi)ncias me permitem acompanhar as diferentes vis(es

    #ue se t)m sobre a Psicopedagogia e sobretudo das diferentes formas de

    compreender o fracasso escolar.

    $m nosso país, Fe acredito #ue em outros também G, surgiram primeiramente

    profissionais #ue se dedicavam a atender crianças #ue por diferentes raz(es

    não conseguiam se adaptar 2 escola. $ssas crianças ficavam 2 margem, eram

    discriminadas, sofriam. >ão somente elas sofriam, mas também seus

    professores alguns ficavam imobilizados, outros frustrados. Pais ficam aflitos

    #uando seus filhos não correspondem ao #ue deles se espera. 8odos os

    envolvidos! a criança, o mestre, os pais, esperam #ue o ato de ir 2 escola se6a

    acompanhado do ato de aprender. Porém nem sempre est0 presente, na mente

    das pessoas, a concepção de #ue aprender é um processo complexo e #ue

    envolve m&ltiplas vari0veis.

    "s primeiros psicopedagogos eram profissionais da educação, sensíveis,

    idealistas, #ue #ueriam a6udar na reintegração da#ueles #ue estavam 2 margem.

     s dificuldades para aprender eram atribuídas a uma inaptidão. " aprendiz,

    possivelmente, deveria ser portador de algum dist&rbio #ue o impedia de

    aprender como seus demais pares, as causas estavam depositadas

    principalmente nele.

    "s profissionais buscavam compreender as raz(es do não aprender a partir de

    explicaç(es sobre a natureza do desenvolvimento orgEnico, sendo #ue, em

    muitos casos as dificuldades em alguns casos eram associadas 2 #uestão da

    maturidade psico-neurológica.

    Para compreender melhor as #uest(es das dificuldades de aprendizagem,

    buscavam-se respostas através dos estudos de psicologia, neurologia,

    psicomotricidade, porém, a )nfase estava numa pr0tica, nas técnicas #ue melhor

    atendessem 2s necessidades #ue tinham por ob6etivo reeducar, isto é educar

    novamente através de um método mais eficaz, específico para o aprendiz #ue

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    39/75

    apresentasse lentidão, ou alguma inaptidão.

    Para formar profissionais #ue atendessem as crianças com fracasso escolar,

    surgiram primeiramente no :rasil cursos de curta duração os #uais ofereciam

    subsídios para entender aspectos específicos como a#ueles relacionados com apsicomotricidade linguagem e raciocínio. $sses cursos eram ministrados por

    profissionais brasileiros com experi)ncia no atendimento de crianças com

    dificuldades escolares ou por profissionais estrangeiros especialmente

    convidados, fre#Kentemente do cone sul. "s profissionais iam construindo um

    currículo acad)mico a partir das oportunidades #ue surgiam em suas cidades e

    baseados também em sua formação acad)mica e em seus interesses

    específicos.

    "s livreiros especializados #ue visitavam os consultórios e as instituiç(es

    também contribuíram para a formação dos profissionais. $les ofereciam

    materiais especializados em reeducação! livros, 6ogos e material pedagógico,

    especialmente da rgentina e da $spanha. >essa época os profissionais

    buscavam as melhores técnicas para o seu trabalho. Pessoalmente tive

    oportunidade de conhecer a linha de trabalho do /r. :ernardo Wuirós da

     rgentina, primeiramente através de seus livros e posteriormente em cursos

    breves oferecido pela :M' Fssociação :rasileira de 'onoaudiologiaG em

    *;;. >essa ocasião esteve presente em nosso meio professor Dacobo

    'eldman, membro do 4entro ?édico dirigido pelo /r. Wuirós, para ministrar o

    curso S/ist&rbios da prendizagem $scolarS.

    Posteriormente, foram sendo formados cursos de longa duração, de

    especialização, #ue ob6etivavam, além de oferecer recursos para o trabalho,buscar uma compreensão mais global do fen+meno da aprendizagem e das

    suas dificuldades. $m geral o p&blico #ue fre#Kentava estes cursos 60 vinha com

    alguma experi)ncia profissional, alguns eram pedagogos, outros psicólogos e

    outros fonoaudiólogos.

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    40/75

    >a década de *; 60 havia movimento científicoTacad)mico em Porto legre,

    preocupado com a formação e capacitação de profissionais #ue atendessem a

    pessoas com os chamados Sdist&rbios de aprendizagemS ou Sinaptidão para

    aprenderS. 8ratava-se do curso dirigido pelo /r. >ilo 'ichtner, médico psi#uiatra,

    e chamava-se Psicopedagogia 8erap)utica.

    "s primeiros cursos formais de Psicopedagogia eram denominados de

    Meeducação Psicopedagógica, Psicopedagogia 8erap)utica, /ificuldades

    $scolares, criança-problema numa classe comum, entre outros. $sses cursos

    ocorreram, primeiramente, nas cidades de Porto legre, Mio de Daneiro e %ão

    Paulo.

    Jm fato histórico influiu fundamentalmente no percurso da psicopedagogiabrasileira - a fundação da ssociação de Psicopedagogos, #ue surgiu

    primeiramente como ssociação $stadual de Psicopedagogos de %ão Paulo, em

    *

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    41/75

    >ão h0 como negar o fato de #ue, a partir da criação do órgão de classe, a

    Psicopedagogia ganhou força, corpo e penetração nos meios acad)micos e

    reconhecimento p&blico e oficial. Uo6e existem v0rias prefeituras contratando

    profissionais #ue tenham especialização em Psicopedagogia.

    %e no início do percurso profissional a )nfase estava nas técnicas, havia

    também preocupação com as teorias #ue melhor pudessem esclarecer o

    fen+meno das dificuldades de aprendizagem. Psicopedagogia nasceu de uma

    falta fez-se necess0rio oferecer melhores recursos teóricos e técnicos para

    capacitar profissionais #ue 60 atendiam a criança com inadaptação escolar. %e

    no início a capacitação ocorria fora do marco acad)mico, aos poucos foram

    sendo criados cursos mais densos, alguns por iniciativa particular. os poucos a

    formação começou a ser efetuada dentro dos cursos de especialização após a

    graduação e de mestrado dentro das universidades.

      concepção de Psicopedagogia ainda não é uniforme. Poder-se-ia dizer #ue ao

    longo da construção da disciplina é possível distinguir tr)s orientaç(es

    diferentes, as #uais denotam diferentes concepç(es desta 0rea de

    conhecimento!

    @ - Meeducação! a preocupação maior esta com as técnicas #ue melhor

    contribuem para promover a recuperação. s dificuldades são entendidas como

    dist&rbios, inaptidão. " atendimento das dificuldades de aprendizagem, no seu

    inicio, estava mais vinculado a uma visão organicista. "s educadores buscam

    explicaç(es preferencialmente na neurologia. spectos orgEnicos são motivo de

    preocupação dos educadores e psicólogos, testes padronizados e a

    normatização são super valorizados.

    1a - Psicopedagogia /inEmica ! 4omeçava a haver uma interlocução com v0rias

    0reas do conhecimento e um distanciamento da reeducação, cresce a

    preocupação com aspectos da sub6etividade. aprendizagem do su6eito

    cognoscente, en#uanto processo, é o tema central da preocupação nesta

    orientação de Psicopedagogia. pesar desta tend)ncia dinEmica, construída a

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    42/75

    partir das articulaç(es com diferentes 0reas do conhecimento, a #uestão não se

    resolveu totalmente. >ão foi suficiente ad#uirir o conhecimento de outras

    disciplinas, é necess0ria uma construção específica, ou se6a, uma tradução

    psicopedagógica. >ão basta introduzir a Psican0lise, a Ainguística, etc como

    disciplinas, para sair do enfo#ue tecnicista ou organicista é preciso construir

    uma Psicopedagogia #ue não se confunda nem com a Psican0lise, nem com a

    Ainguística ou demais 0reas.

    3a - Psicopedagogia 8ransdisciplinar! Psicopedagogia est0 ao mesmo tempo

    entre as disciplinas e além das disciplinas. $sta orientação surge a partir do

    momento em #ue os profissionais constroem instrumentos próprios, teorias e

    estratégias próprias. $la vem com a maturidade sendo fruto da experi)ncia

    acumulada. /entro desta concepção busca-se avaliar o potencial de

    aprendizagem e o processo em si. $xiste maior e#uilíbrio na compreensão dos

    aspectos da ob6etividade e da sub6etividade. aloriza-se a técnica do

    profissional, o seu estilo próprio de trabalho e não as técnicas em si.

     pesar de podermos distinguir essas tr)s diferentes orientaç(esTconcepç(es

    dentro de uma perspectiva histórica do desenvolvimento da Psicopedagogia,

    elas coexistem, pois a #uestão da formação profissional é complexa. >em todos

    os cursos oferecidos estão preparados para atender 2s necessidades dos

    profissionais em formação. 0rias são as causas determinantes, algumas delas

    burocr0ticas, como, por exemplo, a exig)ncia nos cursos de especialização latu

    sensu, de docentes com formação teórica e titulação, mesmo #ue sem

    experi)ncia clínica ou institucional para dar conte&dos psicopedsgógicos. >em

    sempre est0 presente, nas instituiç(es #ue formam psicopedagogos, a

    preocupação com a plena capacitação profissional, pois o est0gio

    supervisionado nem sempre é oferecido. 'elizmente, estes problemas estão

    sendo enfrentados, pois são os próprios alunos #ue buscam e pedem a

    #ualidade dos cursos.

      preocupação com a #ualidade dos cursos é muito salutar, mas não conseguir0

    resolver toda a #uestão da formação profissional. = evidente #ue, dentro desta

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    43/75

    0rea #ue lida especificamente com aprendizagem, não se conseguir0 6amais

    construir um curso #ue corresponda plenamente a todas as necessidades.

    formação continuada é uma condição sine #ua non para todos a#ueles #ue

    #ueiram exercer a função de psicopedagogos, se6a na 0rea clínica ou

    institucional.

    Paradoxalmente pode-se dizer #ue a Psicopedagogia surge de uma falta, mas

    para garantir sua exist)ncia a falta deve continuar presente. >ão h0 como se

    pensar em compreender a aprendizagem, complexa como é, através de

    postulados prontos. $ntendo #ue a Psicopedagogia é a disciplina da indisciplina,

    da discussão, dos contrapontos, do #uestionamento, da incerteza.

      contribuição da Psicopedagogia, ho6e, ultrapassa os limites da clínica dosproblemas de aprendizagem. $la foi criada primeiramente para dar conta das

    dificuldades #ue a escola não conseguia resolver de forma ade#uada. partir do

    trabalho clínico, foi se construindo uma interlocução entre os terapeutas

    psicopedagogos e os profissionais da escola. %e no início apenas era escutado

    o pedido da escola em recuperar o aluno, ho6e existe um movimento na direção

    contr0ria! os psicopedagogos mostram para os profissionais da escola um novo

    discurso, #ue sintetiza tr)s postulados!

    G /ificuldades não necessariamente, são sin+nimo de patologia

    1G Para compreender e avaliar dificuldades, os testes padronizados não são

    determinantes. través da observação criteriosa da criança em ação, de seu

    estilo próprio de lidar com o conhecimento e com o saber, da compreensão do

    contexto onde ela se insere, contexto cabe aos profissionais levantarem as

    possíveis hipóteses, sobre as dificuldades #ue se apresentam.

    3G 4onsiderar a singularidade do su6eito e a relação vincular professorTaluno

    paisTfilhos podem contribuir para minimizar os efeitos da inadaptação escolar.

    Presenciamos atualmente uma tend)ncia interessante na Psicopedagogia!

    profissionais da $scola buscando recursos na Psicopedagogia, para melhor

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    44/75

    compreender a criança com dificuldades, h0 neste movimento uma preocupação

    salutar com a prevenção. " olhar clínico no sentido de considerar aspectos da

    singularidade do aprendiz e ao mesmo tempo uma atitude #uestionadora, torna

    possível uma intervenção psicopedagógica institucional. $sta nova posição dos

    profissionais da instituição, torna a $scola um local onde se vive a experi)ncia

    do acolhimento, da tolerEncia, do respeito pelas diferenças. %abemos ho6e, #ue

    a integridade, autonomia e criatividade de uma nação dependem, em grande

    parte, da educação oferecida pelos educadores 2s novas geraç(es. = o

    professor dentro de sala, nessa intimidade, #uem Stoma as rédeasS, #uem

    assume esta função. = preciso tomar consci)ncia dessa responsabilidade e se

    preparar continuamente para responder a essa função desafiadora, conflituosa e

    #uem sabe até da ordem do impossível.

    Uo6e, os psicopedagogos estão ampliando seu olhar e seu campo de ação. $les

    estão presentes onde se faz necess0rio aprender a aprender, nas mais

    diferentes instituiç(es se6a em empresas ou hospitais. " reconhecimento tem

    ocorrido pela contribuição e pelos efeitos da intervenção psicopedagógica.

    $mbora o fato da formação psicopedagógica se encaminhar rumo a uma visão

    transdisciplinar, devemos valorizar, sobretudo, a sua primeira condição #ue é a

    de educador. "s postulados do Melatório para a J>$%4", concretizam a#uilo

    #ue para a psicopedagogia é a #uestão central! a aprendizagem.

    Potencialmente, podemos todos aprender pois é nossa condição de humanos e,

    ao aprender nos humanizamos. #uestão central é ! o educador é um possível

    agente de mudanças.

    >o Melatório para a J>$%4" da 4omissão Bnternacional sobre a $ducação para

    o século VVB, sob o título! $ducação- um tesouro a descobrir, coordenado eorganizado por Dac#ues /elors, o professor é visto como agente de mudanças e

    formador de car0ter e do espírito das novas geraç(es.

    >este documento, a $ducação é vista sob #uatro pilares. Para #ue a educação

    cumpra seus alvos é necess0rio #ue se organize em torno de #uatro

  • 8/17/2019 71026429 Introducao a Psicopedagogia

    45/75

    aprendizagens! aprender a conhecer, isto é ad#uirir ferramentas b0sicas para

    aprender aprender a fazer, isto é ad#uirir uma profissão, aprender a viver

     6untos, a participar e cooperar com os outros e finalmente aprender a ser, pela

    #ual se desenvolve a personalidade e identidade.

    Para finalizar #uero novamente ressaltar o papel fundante e fundamental d

     :Pp neste percurso da Psicopedagogia brasileira. idéia de criar um órgão de

    classe surgiu dentro de uma instituição #ue forma psicopedagogos! Bnstituto

    %edes %apientiae. Jm pe#ueno e idealista grupo de alunos, #ue estava

    terminando sua formação, não #ueria interromper os estudos e resolveu criar a

    associação com fins científicos culturais. $stava presente também na sua

    fundação o dese6o de ver reconhecida e regulamentada a profissão. Bsto ocorreu

    h0 mais de 1 anos. ssociação não somente nasceu para congregar e criar

    consci)ncia profissional, mas também para dar continuidade 2 formação.

     ssociação nasceu e continua dentro de uma perspectiva científico cultural. =

    difícil imaginar a Psicopedagogia brasileira ho6e sem a ssociação.

    Wuero também lembrar o apoio recebido pelos professores do Bnstituto %edes

    %apientie #ue alimentaram o entusiasmo e acolheram os alunos no seu

    propósito de criar a entidade. " apoio era ideológico, mas também concreto e

    material, pois alguns professores ofereceram seus locais de trabalho para a

    primeira sede da ssociação. Provavelmente, na fundação da ssociação, nem

    o pe#ueno grupo de alunos e nem os mestres poderiam pensar #ue ho6e esta

     ssociação organizaria tantos congressos e encontros e #ue a ssociação

    pudesse contribuir para #ue outros profissionais dos diferentes estados da Jnião

    se organizassem em sess(es e n&cleos.

      ssociação vem organizando cursos, semin0rios, encontros, congressos,

    correspondendo 2 sua proposta inicial! dar continuidade 2 formação dos

    profissionais da 0rea. %ua revista é reconhecida pela #ualidade da sua produção

    científica. Pode-se dizer #ue a :Pp e a construção da identidade da

    Psicopedagogia caminham 6untas. >os nossos encontros, se6a em pe#uena

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    #uanto em grande escala, são discutidas as #uest(es de natureza teórica, de

    natureza pr0tica e ética da Psicopedagogia.

    8enho a convicção de #ue o clima de tolerEncia, acolhimento e conviv)ncia com

    as diferenças, #ue marcou o nascimento da ssociação continua presente comomarca desta agremiação. Psicopedagogia é sem d&vida uma pr0tica #ue se

    manifesta através de diferentes estilos. Psicopedagogia brasileira vem

    construindo seu próprio caminho, ele se faz presente nas teses e monografias

    produzida nas Jniversidades e nos instrumentos de trabalho concebidos por

    psicopedagogos. = possível ho6e olhar para a Psicopedagogia no :rasil, na sua

    SmaioridadeS, construída dentro e fora dos marcos acad)micos.

    >ão h0 como negar em nossa formação, contribuição dos nossos primeirosmestres brasileiros, sensíveis ao sofrimento da criança com dificuldades em sala

    de aula, IenY Iolubi de ?orais, em %ão Paulo, >ilo 'ichtner em Porto legre,

    #ue entre outros, buscavam respostas para reintegrar a criança. ieram

    posteriormente os mestres latino americanos! %ara Paín, ?abel 4ondemarin,

     na ?aria Modrigues ?uniz, Dorge isca, licia 'ernandez. %uas contribuiç(es

    foram fundamentais e determinantes. 'oi com o impulso deles #ue pudemos sair

    da abordagem reeducativa e penetrar numa abordagem relacional, dinEmica. >a

    concepção atual de Psicopedagogia, estão incorporadas as modalidades de

    aprendizagem, isto é, leva-se em consideração a relação #ue o su6eito da

    aprendizagem estabelece com a construção maior do ser humano #ue é poder

    aprender, poder transformar. Pessoalmente estou convencida de #ue mais do

    #ue olhar para as dificuldades de aprendizagem, é necess0rio considerarmos o

    su6eito da aprendizagem em seu estilo próprio de se relacionar com o

    conhecimento e com o saber, inserido num contexto cultural onde est0 presente

    a sua singularidade.

      construção da identidade da Psicopedagogia vem com o tempo, com a

    maturidade, com a experi)ncia dos profissionais, com a produção acad)mica,

    com a discussão, com a pol)mica sadia, e, principalmente, com a consci)ncia

    profissional advinda de uma agremiação forte e unida.

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    :ibliografia

    /elors, Dac#ues - $ducação, um tesouro a descobrir. Melatório para a J>$%4"

    da comissão Bnternacional sobre $ducação para o século VVB, $ditora 4ortez,%ão Paulo, ***.

    Mubinstein, $. - /a reeducação para a psicopedagogia, um caminhar, in

    Mubinstein, $. org. Psicopedagogia uma pr0tica, diferentes estilos, 4asa do

    Psicólogo, %ão Paulo ***.

    Mubinstein, $. - " estilo de aprendizagem e a #ueixa escolar! entre o saber e o

    conhecer. /issertação de mestrado em Psicologia- J>B?M4". 11

    $dith Mubinstein

    7 H A psicope!"o"i!: (i&o !is (e (! ci-#ci!, ( c!i#o

     

    /aniela ?azureZ Perfeito

    Psicóloga, mestre em psicopedagogia.

    e-mail! daniperfeitoterra.com.br  

    $ste artigo visa levantar alguns aspectos relevantes no #ue tange a algumas maneiras

    de conceituar a psicopedagogia e seu ob6eto de estudo do ponto de vista de alguns

    autores e da minha pr0tica profissional e acad)mica, bem como de ressaltar o foco de

    estudo da psicopedagogia #ue é a aprendizagem e a forma como é vista, conceituada e

    como pode ser entendida. %ão muitas as d&vidas #ue ainda a#uecem e atormentam as

    in#uietantes mentes dos pes#uisadores e estudantes no #ue tange ao #ue se reporta a

    psicopedagogia./a mesma forma #ue existem abordagens distintas na Psicologia, na

    $ducação, na :iologia, o mesmo ocorre na psicopedagogia. $stamos nos referindo a

    seres humanos, com sua individualidade e suas características próprias, ou se6a a

    su6eitos #ue estão inseridos em um contexto amplo, complexo e embora comum, muito

    peculiar. 8odos somos dotados de um organismo, de cognição, de afetividade e

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    partilhamos da esfera familiar, social e cultural, portanto, cada um traz consigo suas

    marcas, valores, crenças e atitudes #ue foram passados de geração para geração, #ue

    foram intro6etados, #ue foram e são reproduzidos e também criados, de acordo com a

    capacidade de autoria de cada um, de acordo com a forma com a #ual cada su6eito

    representa simbolicamente a#uilo #ue abstrai do mundo externo e elabora ou não em

    seu mundo interno.

    8alvez se6a incorreto pensar em uma explicação, uma definição &nica para a

    psicopedagogia, um &nico olhar, uma vez #ue todos somos autores e reprodutores de

    pensamento, mas de uma coisa, estamos todos falando C da aprendizagem, #ue é o

    ob6eto de estudo da psicopedagogia. $ embora existam v0rias definiç(es, algumas são

    passíveis de um NcruzamentoO e podem delimitar a psicopedagogia como uma ci)nciaNhumanaO, mas humana em sua expressão e pr0tica, afinal ela retrata o su6eito como um

    ser #ue interage consigo mesmo e com o meio e #ue est0 em constante aprendizagem.

    %ão muitos os olhares voltados para a psicopedagogia, no entanto alguns autores

    embora definam algumas características distintas, depositam um olhar semelhante,

    onde o #ue parece ser mais evidente é entender e NolharO o su6eito em sua totalidade,

    mas como um su6eito #ue é peculiar e singular e #ue portanto necessita do contato com

    o diferente para poder socializar-se e aprender.

    Para isca F*eves F**, p.1G a psicopedagogia estuda o

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    ato de aprender e ensinar, levando em conta as realidade interna e externa da

    aprendizagem, tomados em con6unto, procurando estudar a constituição do

    conhecimento em toda a sua complexidade, procurando e#uivaler os aspectos

    cognitivos, afetivos e sociais.

    /o ponto de vista de Leiss F**, p.9G a psicopedagogia busca a melhoria das relaç(es

    com a aprendizagem, assim como a melhor #ualidade na construção da própria

    aprendizagem.

    " ser humano, segundo Pain, tem uma tend)ncia natural para aprender e se não

    aprende é por#ue h0 algo errado, embora o ser humano se6a capaz de superar-se nas

    próprias dificuldades. >ão podemos deixar de considerar #ue 2s vezes o não aprender é#ue vai fazer com #ue o su6eito receba a#uilo #ue necessita, inconscientemente, por

    ação dos mecanismos de defesa F'reudG.

    /e acordo com 'ernandez F**G todo su6eito tem a sua modalidade de aprendizagem,

    ou se6a, meios, condiç(es e limites para conhecer, necessitando incorporar

    conhecimentos sobre o organismo, o corpo, a intelig)ncia e o dese6o, estando esses

    #uatro níveis basicamente implicados no aprender.

    %egundo 'ernandez F1G é preciso ver o su6eito inserido em um espaço ob6etivo e

    sub6etivo de construção de autorias de pensamento e olhar ensinantes e aprendentes

    com suas capacidades conscientes, sua afetividade, seu imagin0rio e sua sexualidade.

    /e acordo com Pain F*

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     ssim como elucida :ossa F*eves, Higuel, %coz, Iolbert,

    :arone, Leiss, Mubstein e outros, assim como os argentinos 'ernandez, Pain, isca,

    ?uller, são unEnimes #uanto 2 necessidade de conhecimentos de diversas 0reas #ue,

    articulados, fundamentam a constituição de uma teoria psicopedagógica capaz de

    fornecer meios para refletir cientificamente e atuar no campo da psicopedagogia.

    >o #ue tange a refletir cientificamente, h0 a possibilidade dessa reflexão se transformar

    em aprendizagem, assim como frisa 'ernandez F**o reconhecimento da car)ncia est0 a potencia...

      psicopedagogia vai constantemente discutir seus fundamentos e construir suas

    ferramentas.O

    /essa forma, a psicopedagogia abre espaço para novas buscas do conhecimento no

    processo da aprendizagem.

     ndrade F13, p.

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    reporta-se ao ser humano, ao su6eito em sua totalidade, na condição de aprendente

    como define a psicopedagogia.

    /a mesma forma, segundo Pain, a realidade é percebida pelo aprendente como uma

    pro6eção do seu mundo interior #ue por sua vez, se constitui 2 partir da intro6eção do

    mundo exterior significado pelo outro.

    'ernandez afirma #ue a aprendizagem é uma construção individual interna, produto da

    própria natureza, da herança genética e biológica mais o conhecimento do meio

    ambiente #ue o rodeia. $ntretanto, por ser específica de cada um, realiza-se através do

    corpo num processo histórico, pessoal e social. " desenvolvimento cognitivo e afetivo

    são as duas faces do desenvolvimento intelectual. 8oda conduta ser0 implicada poresses dois aspectos sobre uma base de motivaç(es inconscientes.

    Partindo dessas definiç(es, entre tantas outras #ue se configuram na pr0tica

    psicopedagógica, ao psicopedagogo cabe saber e investigar como se constitui o su6eito,

    como esse su6eito se relaciona como o meio, como se transforma em suas diversas

    etapas da vida, #uais os recursos de conhecimento de #ue ele disp(e e a forma pela

    #ual produz conhecimento e aprende.

      psicopedagogia então, parece caber NolharO o su6eito em sua totalidade, alguém

    dotado de uma dimensão orgEnica, afetiva, cognitiva e cultural e #ue atuam

    concomitantemente e em e#uilíbrio, possibilitam a construção de conhecimento. Para

    #ue ha6a e#uilíbrio, não é necessariamente preciso #ue todas essas funç(es encontrem-

    se totalmente preservadas, mas #ue no caso disso não ocorrer, ha6a a compensação

    através de uma NnegociaçãoO entre elas.

      psicopedagogia é uma ci)ncia #ue abre espaço para descobertas, investigaç(es, #ue

    cria condiç(es e viabiliza espaços para a troca e conse#Kente expansão do

    conhecimento, #ue permite o intercambio cultural das ci)ncias #ue se reportam ao

    entendimento do su6eito, #ue permite ao ser humano ser autor de seu pensamento, e

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    #ue permite, portanto, a viagem e a interação entre o velho e o novo, entre o tradicional

    e o moderno, entre o ideal e o real, entre o masculino e o feminino, entre o sub6etivo e o

    ob6etivo. = portanto uma ci)ncia capaz de unir, integrar, viabilizar, promover, pois é a

    ci)ncia #ue se reporta ao ser aprendente, ao #ue d0 ao ser humano a condição de

    constituir-se na aprendizagem e esse processo se d0 desde o seu nascimento e

    perpetua até sua morte.

    M$'$M>4B% :B:AB"IM'B4%

     >/M/$, ?.%. " prazer da autoria e a construção do su6eito autor. %ão Paulo!

    ?emnon, 11

     . :ases teóricas da Psicopedagogia! iniciando a discussão. 4adernos

    de Psicopedagogia. FG! 5-3, 1

    :M">$, A.?.4. /e ler o dese6o ao dese6o de Aer! uma leitura do olhar do

    psicopedagogo. Petrópolis!ozes, **3

    :"%%, >.. Psicopedagogia no :ras


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